Buenas tchê, olhando para fora da janela, vendo essa chuvinha boa e abençoada me lembrei de um verso antigo sobre chimarrão, que desde pequenita os professores passavam na escola, tenho quase certeza de que vocês gaudérios também irão reconhecê-lo.
Chimarrão
Autoria: Glaucus Saraiva
Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.
Trazes à minha lembrança,
Neste teu sabor selvagem,
A mística beberagem,
Do feiticeiro charrua,
E o perfil da lança nua,
Encravada na coxilha,
Apontando firme a trilha,
Por onde rolou a história,
Empoeirada de glórias,
De tradição farroupilha.
Em teus últimos arrancos,
Ao ronco do teu findar,
Ouço um potro a corcovear,
Na imensidão deste pampa,
E em minha mente se estampa,
Reboando nos confins ,
A voz febril dos clarins,
Repinicando: "Avançar"!
E então eu fico a pensar,
Apertando o lábio, assim,
Que o amargo está no fim,
E a seiva forte que eu sinto,
É o sangue de trinta e cinco,
Que volta verde pra mim.
Em sua simplicidade,
ResponderExcluirA velha hospitalidade
Da gente do meu rincão." Nosso Rio Grande do Sul cheia de cultura e respeito não podia faltar um chimarrão para finalizar o nosso noite e o começo de um novo dia.
Géssica Olbermann 1° ano politécnico- Grupo Couragem.